sábado, 2 de julho de 2011

Taras secretas

Duas classes de jogadores do 2011 despertam minha curiosidade. São eles...

O que não joga mas é "craque" - Entre tantos, três se destacam nessa incrível categoria de ilusionistas: Alexandre Pato, Paulo Ganso e Adriano. Dificilmente estão em campo, ouve-se mais de suas "contusões" ou aventuras fora dos gramados (Pato com vistosas namoradas, Adriano em bebedeiras e escapadelas para bailes funk, Ganso em choramingos para ser "valorizado" e obter aumentos de salário) do que de algo produzido dentro dele, mas, mesmo assim, de alguma forma que só a modernidade pode explicar, são indiscutíveis, em clubes, convocações de seleção brasileira e especulações de transferências. Se você quer a prova de que o futebol hoje é feito de imagem bem trabalhada e dos factóides jornalísticos, olhe atentamente para esses três e caia na real de vez.

O que é considerado "craque" de acordo com a multa contratual - Os da nova geração, encubados por empresários e desde cedo acostumados às suas táticas de guerrilha marketeira, são assim: jogam na imprensa, essa entidade tão voraz por números, o valor da renegociada rescisão do contrato, normalmente aquela recheada de chamativos zeros, para que todos os observem com novos (e generosos) olhos. É um recurso que sempre dá certo. Vejam o caso desse garoto Lucas, do São Paulo (que o Tino Marcos, da Globo, chama de "Lucas Silva"): já era uma estrela indiscutível dentro do clube e fora dele sem nada ter feito de relevante pela camisa tricolor, somente para si próprio - e o argumento que muitos utilizariam para rebater posições contrárias é a de que "a multa rescisória dele é de não sei quantos milhões, um jogador valioso assim só pode ser 'diferenciado' (sic)". Como já dito, amigos: é tática certeira.

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