
*Como defendi aqui a Libertadores, devo registrar que o fiz pela loucura em campo e, principalmente, nas bancadas. E nada mais! O nível dos jogos (incluso estes insanos) continua, claro, um lixo. Lamentável, porque vejo raríssimos craques de bola, novos Bochinis, Morenas e Portaluppis. As exceções me agradam pelo tosco mesmo, pela ausência da frescura, pelos novos Luganos, Gamboas e De Leons. A regra continua sendo a dos passes errados em profusão, cartões que punem assopros e das constantes cenas grotescas, que nos envergonham, mas fazem a alegria da FIFA, das federações e das corporações. Só que a Libertadores carrega em si almas pesadas. Lembram da dancinha do goleiro Fernando Henrique, em 2008, que terminara em choro minutos depois? Jogos com Peñarol, Nacional, Grêmio, Colo-Colo, Independiente, Cerro Porteño vêm carregados de energias que esmagam as papagaiadas que os de Santander cozinham. Quando Gallego, técnico do Colo-Colo, respondeu que não conhecia o Ganso, ele não estava “provocando o Santos”, como afirmou Thiaguinho Leiffert (o bobo da corte, transvestido de jornalista). Ele estava honrando a Copa, seu time, sua torcida, a si mesmo. Que me importa responder perguntinhas de celebridades adversárias numa guerra onde só um vai triunfar? Acham mesmo que um técnico experiente, ex-jogador campeão de Copa do Mundo, não conhece o Ganso, ou qualquer outro adversário? Ele estava “milongando”, como fez aos 43 minutos do segundo tempo, quando gritou pro seu elenco, vitorioso: “um minuto!”. No futebol, quem manja, manja; quem não o faz, tem mais é que se assustar com carrinhos, pedir cartão a cada um deles e ficar de quatro pra ignorância protegida. E isso, lembro, na Libertadores! No avanço gradual e suave da nova ordem, a mídia não conquistou a Copa com sangue, suor e lágrimas. Por exemplo: em 1995, ninguém era imbecil de reclamar ou repudiar a violência, nem havia porquês; por volta de 2000, começaram a se aventurar pelo caminho sedutor, a mudar padrões, como acontecia com o futebol em todo lugar do globo; hoje, podem falar e fazer o que lhes dá na telha (melhor, nos cofres), já que a cartilha dessa nova ordem manda e desmanda no jogo, não é uma opção, e sim a única. Ditadura futebolística. Novamente, Gobbles aplaude, nos fazemos caras de bestas frente a este declínio aplaudido.
*Alguém ai se lembra da semifinal do Mentirão de 2001, entre São Caetano e Galo Mineiro? Não havia campo, e sim uma piscina em Campanella. Muito mais grave do que o campo do Uberaba no match contra o Palmeiras, que fez os “especialistas” da Globo se revoltarem, no melhor estilo “caos aéreo”. Naquele místico 2001, a emissora multinacional norte-americana já era proprietária do torneio. E apesar do alagamento em campo, o “jogo” teve de acontecer, porque os de Marinho não tinham mais datas, preenchidas com especiais de Natal, shows da Xuxa, Roberto Carlos – e ninguém se “revoltou”. E agora, como se não bastasse a ridícula e anti desportiva “rodada dos clássicos”, a CBF a direcionou para a ultima rodada, a fim de evitar o “entrega-entrega”. Um torneio assim não passa daquela picardia do tio fanfarrão, que se veste de Papai Noel para alegrar os pimpolhos com presentes: para uns e o Paraíso; para outros não faz a menor diferença, arranca um leve sorriso, uma lágrima, e o tempo segue impiedoso, marchando contra si mesmo. Pais do futebol hipócrita!
*Tenho saudades de quando acompanhava, de boca aberta, os torneios europeus. Hoje, as imagens transparecem um shopping, um videogame, uma sinuca que se joga com a parte de trás do taco e bolas de mesma cor: o jogo, fisicamente, esta ali; o sentido e a alma estão mortinhos. Quem ainda não acordou vai sofrer muitas decepções. “Tem, mas acabou”, como diria meu sábio amigo Marquinhos.
*Atenção: há jogadores trocando de camisas, sorridentes, após o apito final de jogos em que seu time acaba eliminado. É mole?
*Falando em pseudo-futebol, a tal Arena Barueri é um belo exemplo de pseudo competência, modernidade e realização. Infelizmente, já visitei duas vezes esse barraco da bola. Na primeira, o funcionário avisou que a entrada era do outro lado e que nós mesmos podíamos, como um padeiro abrindo seu comércio, levantar a porta de ferro para entrar na cancha. Ontém, venderam ingressos pro setor errado, uma baita confusão. E o ouro brilhava nas cabines cegas da televisão. A mentira sempre cai. Hasta!
ODIO ETERNO AO FUTEBOL MODERNO, PORRA!
Ronaldinho caminha para a Bola de Prata também, jogando o que jogar (até mesmo uma Bola de Ouro não seria surpresa).
ResponderExcluirE existe coisa pior, mais fria e plastificada, do que assistir a jogos do "timaço" do Real Madrid? Isso, entre tantas tralhas, é disparado a pior experiência futebolística atual.
foi gradual tb. a cada ocasional visita de meus olhos ao santiago bernabeu nos ultimos anos, vi a coisa piorar, piorar e piorar. cada vez mais plastico (literalmente memso falando), menos carrinhos, menos futebol. é a meca do cu invertido futebolistico
ResponderExcluirCarai, tá afiado, hein Toro!
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