segunda-feira, 15 de junho de 2015

O maior e o menor


Abro um portal aí e a notícia a respeito da morte de Zito começa assim: "Morreu neste domingo José Ely de Miranda, mais conhecido como Zito, um dos responsáveis por revelar Neymar e por ser integrante do time que tinha Pelé." Se levarmos em conta essa frase, o sujeito capitão do maior time já montado por um clube em todos os tempos, bicampeão mundial tanto por esse Santos quanto por uma seleção brasileira repleta de gênios e considerado o maior médio-volante jamais surgido em nosso futebol, teve como mérito primeiro em sua vida vida futebolística o fato de "revelar Neymar". Me digam se não é pra cair o cu da bunda.

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Certa feita Toro e eu revíamos lances do jogo Itália x Argentina na copa de 74 e um dado momento chamava nossa atenção. Fabio Capello, centroavante azzurri, percebe o cruzamento da direita, fica parado na área, a bola chega lentamente, ele prepara o cabeceio com esmero e por fim manda bisonhamente por cima do gol. Falávamos, em tom de brincadeira, que Capello ali mostrou como era burro, pois teve liberdade e todo o tempo do mundo para pensar no que faria e mesmo assim fez uma cagada daquelas. O grotesco segundo gol do Palmeiras esse fim de semana trouxe esse lance de volta à minha mente. Rafael Marques está frente a frente com o gol, sem marcação, um goleiro ainda se levantando, tem o tempo de mirar a cabeçada e um espaço imenso à sua disposição, faz uma pose de quem realmente domina o fundamento, e consegue finalizar na trave. Se a história se repete como farsa, não há lugar mais adequado para essa repetição do que o "Brasileirão".

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Por falar em "Brasileirão", assistia a algum jogo da Copa América no sábado (nem lembro qual era, essas partidas iniciais do torneio estão tão fracas que tornam-se automaticamente esquecíveis) pela SporTV, e eis que o narrador Luiz Carlos Jr. solta uma frase divertidíssima: "e logo em seguida teremos Vasco e Cruzeiro, partida que também promete muitas emoções!". Rebaixa-se a esse ponto para manter o emprego ou realmente acredita-se que um jogo do "Brasileirão" neste macabro 2015 é farto em emoções? Ou as duas coisas? Mistério...

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