sábado, 19 de dezembro de 2009

"Daily uma Porrada" - edição # 2


$- Volte Simone Melo! Assim foi Renata Fan às jogadoras de futebol, nos estúdios da Band: “como é o assédio dos garotos?”. Baseado em tal questão, formulo outras subseqüentes: para que ela precisa do diploma (que repetidas vezes afirma ter, rebatendo piadas sobre sua origem no jornalismo esportivo) se vais a fazer perguntas desse nível? Por que não levar jogadoras de futebol (e a Fan junto, claro) para um programa feminino da tarde, muito mais apropriado ao assunto sexual? Por que minha mãe, minha vó ou minha tia não podem apresentar programas esportivos desse nível? Por que os programas de futebol não falam mais de futebol e ocupam com asneiras seu tempo (que é caro uma barbaridade, diga-se de passagem)? Por que o futebol não acaba logo, de uma vez, para que eu possa descansar em paz, assistindo jogos de bocha na querida Mooca? Por quê???!

$- Um gênio como bobo da corte! Marcelo Surcin contratado para ser o “cara”, para funcionar como marketing (?) no ano do centenário corintiano? Faz-me-rir! Ele sempre foi o “cara” em campo, e continua sendo, colocando abaixo dele inclusive os “craques” da moda como Fred, Léo Moura, Douglas, Val Baiano, Hernanes, Tayson, Carlos Alberto, etc.

$- Prêmio para os burros! Ver o tal de Simon arbitrando um jogo pelo Mundial da dona FIFA foi ter, uma vez mais, a certeza de que o futebol está perdido, pois seus valores estão inversos e a imagem (não os erros e acertos, o nível técnico) é o que conta, no fim das contas. E quantas e volumosas contas, puta que pariu! Se bem que, se não fosse ele, quem iria? Há alguém no Brasil à altura dessa responsabilidade? Como no campo, a arbitragem foi nivelada pela mediocridade. Então, dá-lhe o gaúcho outra vez! Até que ele se aposente e vá comentar prélios ao lado do Galvão. Haja saco, amigo!

$- A punição ao Coritiba saiu rapidinho, hein?! Quem disse que a justiça no Brasil não funciona? A família daquele torcedor são-paulino que morreu no ano passado, vítima de um disparo na nuca, por um policial despreparado e covarde, ainda espera pela mesma rapidez da justiça – que, de fato, é cega e só funciona pelo toque (de uma boa graninha). A autoridade é o soldado que defende as finanças. Punir torcedor é limpar os centros comerciais, chamados de arenas para as famílias. E pior, não basta punir quem errou. Como ocorre em São Paulo, há mais de 14 anos, todos são banidos e censurados, impedidos de carregar uma bandeira. O erro da invasão ao campo – se assim pode ser qualificada – recaiu, uma vez mais, sobre todos aqueles que amam ir ao estádio e fazer festa. É a velha incompetência que se justifica nos programas de debate esportivo-financeiro, que não discutem o ponto de vista de quem ama seu clube, senão de quem consome seus produtos caros e modernos, de maneira obediente e de bico calado! Para isso a justiça esportiva aí está. Os frutos podres de Capez contaminado a quitanda de Teixeira!

$- A Rede Globo não aprende! Tudo bem que argentino tem para a emissora o mesmo efeito que um judeu tinha para Adolf Hitler, mas no futebol alguns fatos são indiscutíveis. Com urgência, alguém deveria ensinar aos globais que no Mundial estão os melhores times dos continentes. Até mesmo enquanto o Estudiantes vencia a partida contra o Barcelona, os microfonados insistiam com a balela de que este foi um ano terrível para o futebol argentino: “este título vai dar uma limpada, pelo menos”. Será que antes do jogo final entre São Paulo e Milan, pelo Interclubes de 1993, os mesmos cidadãos teriam a mesma opinião em relação ao ano futebolístico brasileiro? Ou teria sido “apenas” a vitória em Tóquio, com o fantasmagórico gol de Muller, que fez toda a diferença para o balanço futebolístico tupiniquim? Tenho certeza que não, e aí reside o veneno da manipulação. Porque se foi humilhante o selecionado de Maradona sofrer 6 a 1 em La Paz este ano, há 16 anos, na mesma cidade, foi sufocante ter de assistir a primeira derrota da história dos canarinhos em Eliminatórias (placar de 2 a 0 para a Bolívia de Baldivieso, com direito a um frangasso de Taffarel). E ambas as equipes alcançaram o único objetivo, aliás, das competições que sediaram tais tristes jogos na história de Brasil e Argentina ao vencer os uruguaios, no “apagar das luzes”, e se classificarem para os respectivos mundiais. Outro fraco argumento que os “especialistas” martelam para justificar a “pobre temporada” argentina é a crise financeira que tirou do cenário internacional os dois gigantes de lá, Boca Juniors e River Plate. Lapsos de memória devem sofrer, pois naqueles idos o futebol brazuca penava e se arrastava, como sempre: a volta do Grêmio para a primeira divisão após mais uma virada de mesa ridícula da CBF, que tornou o Mentirão inchado e sem sentido (vários clássicos não aconteceram por culpa de uma tabela infantil), a rendição do Palmeiras aos caprichos financeiros de uma multinacional para se salvar – sem contar que depois de mais de 35 anos, meu Juve caía para a segunda divisão no regional, o que pessoalmente torna o ano tão doloroso quanto este que se vai. Mas com o timaço de Telê arrebentando os adversários e vencendo a Libertadores, nem esses elementos poderiam fazer de 1993 um fiasco para o futebol local do Brasil - e acredito que tampouco uma possível derrota para o Milan o faria. Seguimos ouvindo os falsos profetas vomitando meias-verdades em nossos ouvidos, como se estes fossem pinicos. Menos, Batista! Os anos citados não foram nem terríveis, nem arrebatadores para os dois países, e sim temporadas comuns, com conquistas e fracassos, na eterna reconstrução de um cenário continental submisso ao europeu. Quanta falta fez o termo “imparcialidade” na educação do tal de Roberto Marinho! Que Diós nos ajude!


Nota: um beijo no coração de cada hincha de Rosário Central - 14 años del 4 a 0! 38 años de la Palomita de Aldo Pedro Poy!

Um comentário:

  1. Belissimo trapo fez a torcida de Central.

    Em relação ao futebol argentino, a macaquisse vai seguir. Além da Globo não transmitir o jogo, o que para mim já é um absurdo, os canais que transmitiram torcidam descaradamente para o time catalão.

    Nem La Brujita recebeu os elogios que mereciam. Fazer o que? Brasileiro esquece que nos anos 80, o mesmo aconteceu, e o grande Argentinos Juniors levantou a Copa.

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