
Nos últimos jogos do Palmeiras contra o Vasco, procurei observar a diferença reinante entre os noviços e Juninho Pernambucano. Deu pena, na boa. Observava Luan, entre as trombadas e sua falta de categoria usuais, que não lhe permitem sequer completar um lance sem atropelos, e o 8 cruz-maltino, que não errava passes e lançamentos para qualquer distância do campo e que não dispendia nenhum esforço adicional para que sua categoria fosse aviltantemente superior à de todos que ali estavam, e me sobrevinha uma incontrolável vontade de chorar. Quando estabeleceu-se a mim que dois dos paradigmas do futebol ali estavam, Juninho, meio-campista de classe pertencente a uma geração anterior (e nem tão distante em relação aos anos, mas já tremendamente ultrapassada em se tratando de propósitos), e Luan, desgraça que sequer poderia ter sido aprovada em uma peneira mas que ali estava vestido a camisa de um grande brasileiro (e como titular!) graças a algum nebuloso trabalho de bastidores, surge o lance capital: o vascaíno aplica um tranqüilo chapéu justo no "ponta" palmeirense. Então a ficha caiu, já que, se não havia a menor possibilidade de se concretizar um "choque entre gerações" ali, era porque o real embate naquele pedaço do campo, e que resultou no calmo lençol, era o futebol versus o anti-futebol - e o primeiro sempre sairia vencedor, não importa a quantidade de euros, não importa a cor da chuteira. Juninho está prestes a aposentar-se sem gerar sucessores, e tipos como Luan são a maioria populacional do decaído "Brasileirão". O campeonato não poderia ter um velório mais condizente.
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