
Agora, Ronaldinho é tido como "um dos destaques do Brasileirão", graças a alguns jogos que "decidiu". Um cruzamento feito de forma correta, se executado por ele, é "decisão de partida". Suas 10 presenças apagadas são deletadas, passam a não existir mais, em troca do auê ensurdecedor criado a partir daquela única bem disputada. "Ele recuperou a alegria de jogar", dizem. Adentramos em um território ainda mais próximo ao da lavagem cerebral quando Galvão Bueno diz, na transmissão do jogo do Flamengo, que o craque deve ser convocado para a seleção brasileira novamente. Mobilização geral: Bueno dá a ordem, seus cordeiros obedecem, e a discussão passa a ser quando Mano dará outra chance a esse "gênio". A desonestidade dá o tom dessa história porque: 1) estamos falando aqui de um campeonato no qual um inacreditável encosto como Luan é titular de um de seus principais times (e bem cotado na tabela da Bola de Prata da Placar, confiram tal hilaridade no site da revista); e 2) temos alguém alçado a patamares de "gênio" porque bate pênaltis e dá "cruzamentos decisivos". A nós, do Antimídia, tais parâmetros são muito pobrinhos. Sorry, folks, mas resistimos a cair nessa arapuca.
(Para terminar, preciso compartilhar com alguém o que escutei na transmissão de domingo: Luciano do Valle disse que o Flamengo, que ganhava por 2 a 0, deveria tomar cuidado, porque o Figueirense é "um timaço". Sim, repito: ele disse que o Figueirense é "um timaço". Sem mais.)
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